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A Frente Parlamentar pela Igualdade Racial vai analisar o conteúdo de discursos já proferidos pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP) para investigar possíveis manifestações racistas. Feliciano, que também é pastor evangélico, declarou no Twitter que “africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé”.

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Membro da Frente, o deputado Luiz Alberto (PT-SP) entende que os parlamentares poderão decidir por representar contra Feliciano na Câmara se constatarem que ele usou de seu posto para pregar ideias racistas.

O pastor e deputado usou seu site para se defender. Ele citou trechos bíblicos e atribuiu as acusações de racismo ao “fogo cruzado” contra evangélicos.

“Peço oração a todo o povo cristão brasileiro, os que lutam pela família, aos que amam o Senhor, e aos que me conhecem há tempos, e sabem que, como todo brasileiro, sou afrodescedente”, concluiu.

Deputado Jair Bolsonaro

As manifestações de Feliciano ocorrem ao mesmo tempo em que outro deputado, Jair Bolsonaro (PP-RJ), enfrenta representações na Câmara por racismo e homofobia. Uma delas é de autoria de Luiz Alberto.

No programa CQC, Bolsonaro foi perguntado pela cantora Preta Gil se ele permitiria que seu filho namorasse uma negra. Respondeu: “Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados”.

“Acho que isso (racismo) vem se exacerbando no Congresso”, lamenta Luiz Alberto. Ele diz que temas como a delimitação de terras quilombolas ou a defesa da liberdade de culto das religiões africanas estimulam a reação da bancada evangélica. “Acho um absurdo que num Estado Laico os evangélicos tenham espaço no Congresso para fazer culto religioso e o mesmo direito seja negado às religiões africanas”, critica. “Há um ambiente de extremismo”.






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BARÃO DE MELGAÇO